JUDAÍSMO
E QUADRINHOS
Exposição
busca relação entre judeus, Superman e outros heróis.
Uma exposição montada na Biblioteca
Provincial de Jaén, no sul da Espanha, chama atenção ao buscar traços da
cultura judaica na origem e na narrativa de alguns dos super-heróis mais
conhecidos dos quadrinhos.
Organizada
pela delegação da Sefarad-Israel em Andaluzia e pela Associação Cultural
"Vinheta 6", a mostra, intitulada "Super-heróis: Identidade
Secreta", ficará aberta ao público até o dia 16 de abril.
Através de
uma série de painéis, com imagens e dados dos super-heróis, a exposição
apresenta analogias entre Hulk e Golem, Homem-Aranha e Rei David - ambos
protegidos por uma aranha -, e o nome de Superman no idioma kryptoniano:
Kal-El, que significa "A voz de Deus" em hebraico.
A
exposição também se destaca ao esmiuçar a identidade de ilustradores e
desenhistas judeus, como Stan Lee, Jack Kirby, Jerri Siegel e Joe Schuster, e
suas expressões nos próprios super-heróis.
Estes
desenhistas eram jovens judeus americanos, filhos de imigrantes judeus
europeus, que deram origem a uma série de personagens, como Superman, Batman,
Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Capitão América, Homem de Ferro, Hulk, Thor,
Demolidor, Surfista Prateado, Mulher Gato, A Liga da Justiça e Os Vingadores.
De acordo
com os organizadores, outros dois nomes também são capazes de exemplificar a
relação existente entre a cultura judaica e os quadrinhos, caso de Will Eisner
e Art Spiegelman, autor de "Maus, Relato de um Sobrevivente", o
primeiro quadrinho a ganhar o prestigiado Prêmio Pulitzer.
Além da
origem dos super-heróis, a exposição também aborda a atuação de outros
criadores judeus nos quadrinhos, como o roteirista de "Asterix", René
Goscinny, o autor de "Corto Maltese", Hugo Pratt, e o autor de
"O gato do Rabino", "Klezmer" e "Chagall na
Rússia", Joann Sfar.
portal Creio
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