A
FORÇA DA NOVA CLASSE C
Classe
C está inserida nas igrejas evangélicas e causa impacto
A Classe
C expandiu-se no Brasil em 2011. Com 54% da população, segundo pesquisa do
Cetelem, a camada social recebeu 2,7 milhões de brasileiros em 2011,
vindos da classe DE. Hoje, 103 milhões de pessoas fazem parte dessa classe
social. O crescimento deste público também tem impacto nas igrejas evangélicas.
O país vive um bom momento econômico com o aumento
da oferta de empregos e a política de concessão facilitada de crédito aos
trabalhadores. Edgard Menezes, economista e colunista da Consumidor
Cristão, diz que a ascenção foi da população que pertencia a classe D,
devido o aumento do poder aquisitivo. Isso resultou na expansão
da classe C.
Edgar lembra que as classes C e D, quando
praticantes religiosos, são ou pelo menos eram, predominantemente
católicos. Tradicionalmente a igreja católica sempre atuou em áreas de
comunidades menos favorecidas como as periferias. Já as igrejas evangélicas
sempre atuaram no entorno geográfico que abraçava os centros das
grandes cidades, onde moram e trabalham os integrantes da chamada classe média. "O
público da igreja evangélica sempre foi a população mais esclarecida, de melhor
poder aquisitivo".
Professor Menezes afirma não poder avaliar o impacto que essa nova maioria
social poderá causar na igreja evangélica, mas lembra que pode ocorrer uma
mudança no comportamento do cristão e também nas igrejas. "Os
fieis passariam fazer a que todos estão fazendo, como aumentar o consumo
de bens e serviços como TV, móveis, financiamento da casa própria,
geladeira, lazer, vestuário, tratamento médico e muitos outros. Já a igreja
podem ter um aumento maior na arrecadação do dízimo, em especial nas igrejas
pentecostais da linha da prosperidade".
O
aumento na arrecadação seria uma forma de agradecimento pelas bênçãos
recebidas, mas infelizmente o aumento da renda não leva mais pessoas às igrejas
e sim as crises, de acordo com Edgar.
MERCADO
Atentar-se com as exigências dos novos
consumidores da classe C é um mandamento ao mercado, principalmente ao mercado
cristão. Edgar sugere que o empresariado amplie o leque de produtos oferecidos,
além dos Cds, Dvds, livros e bíblias. De acordo com Edgar é preciso tomar
cuidado para não pensarmos que todos estão ricos. "Mesmo com o crédito no
mercado, a dívida vai existir. Mas a classe está empregada e tem condições de
pagar. O empresário pode abrir uma loja de roupas sem fazer referências
direta ao evangelho, mas trabalhar com ética e princípios cristãos. Quer
pessoa melhor que o evangélico para ter ética nos negócios?”.
Edgar Menezes prevê com otimismo um engrossamento da classe
B para daqui um período médio de tempo. Será o fenômeno semelhante ao que
acontece nesse momento com a classe C, uma guinada dos que hoje estão na camada
social mais baixa para o topo da pirâmide. Resultado que fará do país mais
forte economicamente e com menos desigualdade e miséria, mas não extinto desses
males que rondam as classe D e E.
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