REI
DAVI GERA POLÊMICA
Cenas
de nudez em minissérie bíblica diverge opiniões de pastores
A
minissérie Rei Davi, superprodução da Record, vem apresentando em meio à
história do líder hebreu cenas de nudez relacionadas à personagem Bate-Seba,
com quem o líder vive uma história de amor proibida.
As
cenas de banho da personagem, descrita no livro do profeta Samuel, vêm causando
polêmica entre o público cristão. Alguns dizem que a nudez é algo natural e até
citado na Bíblia, e por isso poderiam ser mostradas; outros condenam as cenas e
desaprovam o ato de elas terem sido inseridas na filmagem.
O pastor Renato
Vargens, da Igreja Cristã da Aliança em Niterói (RJ), falou ao The Christian
Post sobre o assunto e condenou a exposição de corpos em trabalhos de
dramaturgia.
“Sou
absolutamente contra. Não vejo nenhuma necessidade da exibição de corpos nus em
qualquer trabalho de dramaturgia”, disse.
O
líder religioso considera as cenas uma afronta, uma vez que o público alvo é
“eminentemente religioso”. Para ele, os fiéis devem tomar cuidado com a
sensualidade, “como também com tudo aquilo que nos leve a pecar contra o
Eterno”.
“A
exposição de corpos nus pode levar muitos a pecarem contra Deus cobiçando o que
não pode ser cobiçado, além é claro, de levar outros a cometerem o pecado de
fornicação”, afirmou. Para Vargens, o interesse da emissora nesse caso não é
outro senão angariar audiência.
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Ele
incentiva os cristãos a terem na Bíblia sua única regra de fé. “Que sejam como
os de Beréia que eram mais nobres que os de Tessalônica. Nossa visão deve ser
fundamentada exclusivamente nas Escrituras. Portanto, se um filme bíblico ensina
algo fora da Bíblia, deve ser rechaçado”, aconselha.
A
igreja de Beréia, citada pelo apóstolo Paulo no livro de Atos, era descrita
como formada por fiéis que verificavam nas Escrituras tudo aquilo que era
pregado ou ensinado.
Filmes bíblicos
São
muitas as versões e filmagens de histórias bíblicas feitas em minisséries e até
filmes de Hollywood. Mas nem todos são fieis ao conteúdo das Escrituras.
Exemplos
não faltam. Do clássico “Os Dez Madamentos”, de Cecil B. DeMille, lançado em 1956
até o polêmico “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, muitas são as tentativas de
recriar passagens e narrativas bíblicas.
O
motivo de muitos não serem fiéis ao texto sagrado tem origem no fato de que a
prioridade para as produtoras e estúdios é o interesse financeiro, segundo o
pastor Vargens. “A desculpa é glorificar a Deus, quando na verdade, o que
motiva essa gente é a audiência. Nesta perspectiva, vale tudo, até mesmo, criar
factóides”, diz.
Perguntado
sobre os temas sexualidade e nudez, muitas vezes citados na Bíblia, não
poderiam ser incluídos em produções cinematográficas, o líder aponta:
“A
Bíblia narra, mas porque mostrar? Acho desnecessário. A TV poderia insinuar,
mas não mostrar”, concluiu.
Portal Creio
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