EVENTOS
EM SP
MP
quer barrar marchas e passeatas evangélicas em vias públicas
O
Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE) abriu investigação para apurar a
realização de eventos religiosos em vias públicas. Para eles é necessário
limitar grandes encontros porque eles causam congestionamento no trânsito e
emitem excesso de ruído.
O promotor
de Justiça Mauricio Antonio Ribeiro Lopes acredita que eventos como esses não
podem acontecer sempre. “Vamos ceder espaço público todos os dias para uma
determinada religião? Neste fim de semana, por exemplo, já teremos a Virada
Cultural. É muita coisa.” No dia 1º de maio a mesma praça foi usada por
centrais sindicais para comemorar o Dia do Trabalhador reunindo ali cerca de 50
mil pessoas.
O MPE
abriu processo recentemente contra o Município de São Paulo, o Prefeito
Gilberto Kassab (PSD) e contra o pastor José Wellington Bezerra da Silva pela
realização do evento em comemoração aos 100 anos da Assembleia de Deus no
Estádio do Pacaembu.
Em sua
defesa Kassab alega que a legislação permite sim que o Estádio Municipal seja
usado para eventos. “A legislação permite a utilização do Pacaembu para
eventos. O importante é que as regras sejam respeitadas. E foram”, disse o
prefeito que prometeu apresentar à Justiça “suas razões” para permitir não só
esse evento como também outra concentração religiosa promovida no Pacaembu pela
Igreja Universal do Reino de Deus.
Para o pastor
Rubens Teixeira a ação do MPE de querer limitar apenas eventos religiosos pode
ser na verdade uma perseguição contra os evangélicos brasileiros. “Se o
Ministério Público Estadual de São Paulo quiser limitar todos os eventos em
vias públicas: religiosos, sindicais, culturais, esportivos, etc, pode ser algo
razoável. Contudo, querer impedir apenas eventos evangélicos é uma clara
perseguição religiosa contra os brasileiros evangélicos”.
Teixeira
lembra que muitos dos eventos que acontecem em vias públicas possuem fins
comerciais, ou são esportivos, culturais e etc. “Porque estes não são
questionados? Será que é verdade que o interesse econômico fala mais alto mesmo
até em instituições que deveriam proteger direitos individuais? Por enquanto,
se for uma medida que afetaria apenas eventos evangélicos e religiosos de um
modo geral, estou acreditando que se trata de iniciativas desastradas e odiosas
individuais de alguns membros do MPE que estejam se utilizando da investidura
dos seus cargos públicos para fazer valer a sua vontade como cidadãos, o que já
é um desastre”, diz ele em entrevista ao site Holofote.net.
Portal Creio
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