quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cotidiano


COTIDIANO

MORTE DE BISPO ANGLICANO

Suspeito de matar os pais pode ter alta hoje

Pode ter alta médica ainda hoje do Hospital da Restauração (HR) Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos, suspeito de matar o pai, o bispo da Igreja Anglicana Edward Robinson Cavalcanti, 67, e a mãe, a professora Miriam Nunes Cotias Cavalcanti, 64. De acordo com a assessoria de comunicação da unidade de saúde, o paciente já respira sem ajuda de aparelhos e teve o quadro clínico normalizado. A equipe médica aguarda apenas que ele recobre totalmente a consciência para ser liberado da unidade de trauma.

Eduardo foi internado sob custódia da polícia na noite do domingo passado depois de esfaquear o tórax e ingerir uma substância não identificada. Segundo os médicos, ele foi hospitalizado com overdose de drogas.

Responsável pela investigação, o delegado da Sexta Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), José do Prado ainda não informou se irá ao hospital colher o depoimento do suspeito ou se Eduardo irá até a sede da especializada para ser ouvido antes de ser encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

Ontem, uma testemunha descreveu o suspeito como uma pessoa que tinha “espírito mau” desde criança. A pessoa, que conhecia o filho do bispo Robinson antes mesmo de ir morar no exterior, disse que ele tinha má índole desde quando era um garoto. Quando morou nos Estados Unidos, teria cometido diversas infrações. Segundo informações do Departamento de Polícia da Flórida, desde 2003 Eduardo vem colecionando um histórico de práticas ilegais, como roubar e dirigir sob efeito de drogas.

A Polícia Civil de Pernambuco solicitou ao Consulado Americano no Recife informações sobre o passado dele. No entanto, os crimes praticados por Eduardo deverão ser julgados naquele país. Para a Justiça brasileira, ele deverá ser considerado réu primário no processo do assassinato dos pais.
Além de saber detalhes do passado de Eduardo, a testemunha contou ainda que ele não conseguia controlar o riso depois que matou o casal. “Ele caiu na risada quando estavam socorrendo a mãe. Acredito que isso deve ter sido efeito da alucinação provocada pelas drogas. Já pedimos um exame toxicológico dele ao IML. A essa testemunha, ele falava que usava heroína”, declarou o delegado. Outras três testemunhas foram ouvidas ontem. Hoje, a expectativa é ouvir a tia de Eduardo que mora nos Estados Unidos e um tio dele que vive no Recife. A polícia pretende concluir o inquérito em dez dias.
Com informações do repórter Raphael Guerra e do Diario de Pernambuco

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